A Cartomante (Romance de Machado de Assis) - Resumo
11:34
| Postado por
Sinval Gomes
A insegurança de Rita quanto ao amor de Camilo, leva-a buscar uma cartomante.
Ele cético quanto à adivinhação, mas ao mesmo tempo, revela-lhe seu amor. Camilo embora, céptico nesse tempo nem sempre havia sido. Durante a infância costumava ter algumas crendices que perdurou apenas até os vinte anos. Também esquivava-se de falar sobre sua descrença no desconhecido por faltar-lhe argumentos convincentes.
Camilo mostrava-se satisfeito pelo amor de Rita por arriscar-se por ele recorrendo a cartomantes. Sentia-se lisonjeado.
Camilo tinha um amigo, Vilela que seguiu a carreira na Magistratura. No entanto Vilela retornou de sua carreira de Magistrado tornado-se advogado após casamento com uma dama bela, e tonta.
Separaram-se contentes, ele ainda mais que ela. Rita estava certa de ser amada; Camilo, não só o estava, mas via-a estremecer e arriscar-se por ele, correr às cartomantes, e, por mais que a repreendesse, não podia deixar de sentir-se lisonjeado. A casa do encontro era na antiga rua dos Barbonos, onde morava uma comprovinciana de Rita. Esta desceu pela rua das Mangueiras, na direção de Botafogo, onde residia; Camilo desceu pela da Guarda velha, olhando de passagem para a casa da cartomante.
Eram amigos de verdade.
Os três eram unidos: Rita, Camilo e Vilela. E essa união com certeza ajudou Camilo a suportar a morte de sua mãe, de modo prático e emocional.
Com o passar do tempo a união levou à traição de Rita com seu amigo Vilela.
Um dia, fazendo ele anos, recebeu de Vilela uma rica bengala de presente, e de Rita apenas um cartão com um vulgar cumprimento a lápis, e foi então que ele pôde ler no próprio coração; não conseguia arrancar os olhos do bilhetinho. Palavras vulgares; mas há vulgaridades sublimes, ou, pelo menos, deleitosas. A velha caleça de praça, em que pela primeira vez passeaste com a mulher amada, fechadinhos ambos, vale o carro de Apolo. Assim é o homem, assim são as cousas que o cercam.
Camilo rebe uma dia uma carta anônima, mensionando-se que a aventura era sabido de todos.
Camilo então rareia as visitas à casa de Vilela, chegando mesmo a cessar.
Rita desconfiada medrosa, volta à cartomante para consultá-la. Recebe assim palavras de confiança.
Vilela passa a ser desconfiado e sombrio. Rita e Vilela deixam de ver-se por alguns anos para evitar suspeitas.
Certo dia Camilo recebe um bilhete de Vilela: "Vem já, já, à nossa casa; preciso falar-te sem demora."
Camilo sai atordoado e em caminho vai à casa da cartomante. Camilo desconfiava desconfiado que Vilela sabia da traição, também de seu amigo. Ambos.
Imaginariamente, viu a ponta da orelha de um drama, Rita subjugada e lacrimosa, Vilela indignado, pegando na pena e escrevendo o bilhete, certo de que ele acudiria, e esperando-o para matá-lo. Camilo estremeceu, tinha medo: depois sorriu amarelo, e em todo caso repugnava-lhe a idéia de recuar, e foi andando. De caminho, lembrou-se de ir a casa; podia achar algum recado de Rita, que lhe explicasse tudo. Não achou nada, nem ninguém. Voltou à rua, e a idéia de estarem descobertos parecia-lhe cada vez mais verossímil; era natural uma denúncia anônima, até da própria pessoa que o ameaçara antes; podia ser que Vilela conhecesse agora tudo. A mesma suspensão das suas visitas, sem motivo aparente, apenas com um pretexto fútil, viria confirmar o resto.
A principio contém-se de procurar a cartomante, mas tal é o desejo da predição, de sentir-se confiante. Que dirige-se ao oráculo. Graças a dificuldade na estrada um obstaculo o fez ver a casa da cartomante.
De repente lá estava ele ávido de informação que o fizesse sentir melhor. Menos inseguro quanto ao futuro e ao que lhe aguardava.
Na casa da cartomante recebe palavras de confiança. Claro ela percebe seu ar na chegada, estava assustado, suas palavras iniciais o deixaram convencido de que estava sendo bem informado.
As palavras da cartomante eram que nada lhe iria acontecer nem à sua amada Rita.
Paga-lhe cinco vezes mais pelo serviço.
Chegou a rir de seus receios. No caminho lembra-se das palavras animadoras da cartomante, pensava nas horas felizes que viriam.
No entanto ao chegar na casa do amigo Vilela é conduzido ao corpo de Rita ensanguentado, e com dois tiros de revolver tem seu copro estirado no chão.
Ele cético quanto à adivinhação, mas ao mesmo tempo, revela-lhe seu amor. Camilo embora, céptico nesse tempo nem sempre havia sido. Durante a infância costumava ter algumas crendices que perdurou apenas até os vinte anos. Também esquivava-se de falar sobre sua descrença no desconhecido por faltar-lhe argumentos convincentes.
Camilo mostrava-se satisfeito pelo amor de Rita por arriscar-se por ele recorrendo a cartomantes. Sentia-se lisonjeado.
Camilo tinha um amigo, Vilela que seguiu a carreira na Magistratura. No entanto Vilela retornou de sua carreira de Magistrado tornado-se advogado após casamento com uma dama bela, e tonta.
Separaram-se contentes, ele ainda mais que ela. Rita estava certa de ser amada; Camilo, não só o estava, mas via-a estremecer e arriscar-se por ele, correr às cartomantes, e, por mais que a repreendesse, não podia deixar de sentir-se lisonjeado. A casa do encontro era na antiga rua dos Barbonos, onde morava uma comprovinciana de Rita. Esta desceu pela rua das Mangueiras, na direção de Botafogo, onde residia; Camilo desceu pela da Guarda velha, olhando de passagem para a casa da cartomante.
Eram amigos de verdade.
Os três eram unidos: Rita, Camilo e Vilela. E essa união com certeza ajudou Camilo a suportar a morte de sua mãe, de modo prático e emocional.
Com o passar do tempo a união levou à traição de Rita com seu amigo Vilela.
Um dia, fazendo ele anos, recebeu de Vilela uma rica bengala de presente, e de Rita apenas um cartão com um vulgar cumprimento a lápis, e foi então que ele pôde ler no próprio coração; não conseguia arrancar os olhos do bilhetinho. Palavras vulgares; mas há vulgaridades sublimes, ou, pelo menos, deleitosas. A velha caleça de praça, em que pela primeira vez passeaste com a mulher amada, fechadinhos ambos, vale o carro de Apolo. Assim é o homem, assim são as cousas que o cercam.
Camilo rebe uma dia uma carta anônima, mensionando-se que a aventura era sabido de todos.
Camilo então rareia as visitas à casa de Vilela, chegando mesmo a cessar.
Rita desconfiada medrosa, volta à cartomante para consultá-la. Recebe assim palavras de confiança.
Vilela passa a ser desconfiado e sombrio. Rita e Vilela deixam de ver-se por alguns anos para evitar suspeitas.
Certo dia Camilo recebe um bilhete de Vilela: "Vem já, já, à nossa casa; preciso falar-te sem demora."
Camilo sai atordoado e em caminho vai à casa da cartomante. Camilo desconfiava desconfiado que Vilela sabia da traição, também de seu amigo. Ambos.
Imaginariamente, viu a ponta da orelha de um drama, Rita subjugada e lacrimosa, Vilela indignado, pegando na pena e escrevendo o bilhete, certo de que ele acudiria, e esperando-o para matá-lo. Camilo estremeceu, tinha medo: depois sorriu amarelo, e em todo caso repugnava-lhe a idéia de recuar, e foi andando. De caminho, lembrou-se de ir a casa; podia achar algum recado de Rita, que lhe explicasse tudo. Não achou nada, nem ninguém. Voltou à rua, e a idéia de estarem descobertos parecia-lhe cada vez mais verossímil; era natural uma denúncia anônima, até da própria pessoa que o ameaçara antes; podia ser que Vilela conhecesse agora tudo. A mesma suspensão das suas visitas, sem motivo aparente, apenas com um pretexto fútil, viria confirmar o resto.
A principio contém-se de procurar a cartomante, mas tal é o desejo da predição, de sentir-se confiante. Que dirige-se ao oráculo. Graças a dificuldade na estrada um obstaculo o fez ver a casa da cartomante.
De repente lá estava ele ávido de informação que o fizesse sentir melhor. Menos inseguro quanto ao futuro e ao que lhe aguardava.
Na casa da cartomante recebe palavras de confiança. Claro ela percebe seu ar na chegada, estava assustado, suas palavras iniciais o deixaram convencido de que estava sendo bem informado.
As palavras da cartomante eram que nada lhe iria acontecer nem à sua amada Rita.
Paga-lhe cinco vezes mais pelo serviço.
Chegou a rir de seus receios. No caminho lembra-se das palavras animadoras da cartomante, pensava nas horas felizes que viriam.
No entanto ao chegar na casa do amigo Vilela é conduzido ao corpo de Rita ensanguentado, e com dois tiros de revolver tem seu copro estirado no chão.