Massacre na Praça da Paz Celestial - 25 anos
08:59
| Postado por
Sinval Gomes
Completando
25 anos no dia 4 de junho de 2014, o Massacre da Paz Celestial,
continua quase um mistério mantido sob silêncio pela potência
mundial chinesa.
Muitos
chineses não sabem o que ocorreu na Praça da Paz Celestial e como
um protesto de estudantes marcaria tão fundo a história.
Podemos
perceber com isso que a sociedade moderna ainda não consegue lidar
no âmbito internacional com a liberdade de expressão, igualmente.
A
liberdade então depende do lugar, os direitos humanos não são
considerado um direito internacional.
Porque
não se assume erros do passado, e se tenta reprimir qualquer
manifestação?
Notamos
o desejo de mudanças das massas populares. A repressão chinesa
recorrendo não somente à força militar, mas também a novos
recursos capazes de fazer mudança, a tecnologia, mostra-se
indisposta ao esclarecimento.
Erros
de governos não são novidades na história humana. E a dificuldade
de lidar com erros e aprender deles em geral acontece.
Será
que bloquear a internet quanto ao movimento estudantil, visa conter
manifestações?
Num
mundo globalizado a expectativa é que muitos chineses espalhados
pelo mundo, expressem-se livremente. E embora a china dependa de boa
parte do mundo comercialmente, notamos que as relações comerciais,
são puramente comerciais.
Um
quarto de século se passou desde o Massacre chinês.
A
China teve um progresso enorme. A renda das pessoas aumentou, a
moradia melhorou e as últimas estatísticas (que devem ser sempre
encaradas com um pouco de ceticismo) sugerem que a taxa de
mortalidade na gravidez e infantil estão mais baixas na China que
nos EUA.
Surge
um personagem histórico eleito pela revista "Time" como
uma das pessoas mais influentes do século XX. Sua identidade segue
desconhecida, não obstante o pseudônimo: "Homem dos Tanques".
É
bastante lembrar que o problema da censura na China não são
novidade.
Durante
os Jogos Olímpicos cerca de 300 jornalistas do mundo todo, em
Pequim, sofreram com a censura no país. Blogs brasileiros e até
sites de jornais não puderam ser acessados no início da cobertura
jornalística das Olimpíadas.
É
notável que a China, para garantir Pequim como sede dos Jogos de
2008, havia prometido grandes mudanças. Entre elas estava “afrouxar”
o controle abusivo e melhorar suas leis naquilo que diz respeito aos
direitos humanos e consequentemente à liberdade de expressão, além
de garantir o acesso livre da imprensa à internet e ao trabalho
jornalístico.
Sabemos
muito bem que a propaganda é a alma do negócio. e quando a
propaganda é unica ela é não somente a alma, mas a totalidade do
ser, assim sobrevive o regime chinês.
Hong
Kong localizado no território sul da China possui certa medida de
liberdade. Conforme visto no dia 1º de junho/2014 nas várias
manifestações relacionadas ao evento ocorrido na Praça da Paz
Celestial, movimento esse que não ocorreria sem que houvesse certa
medida de liberdade.
Mas
nem por isso podemos afirmar que seja equiparado à liberdade de
expressão conforme vividos em muitos países. Para exemplificar, nos
últimos anos, em Hong Kong grupos de jornalistas e de direitos têm
advertido que funcionários de propaganda chinesas tem influenciado
redações locais, aprofundando os laços entre chefes da mídia de
Hong Kong e de Pequim, com a demissão de jornalistas liberais
influentes.
天安门大屠杀